Que seja, chame de pretensão...
Em apenas um breve, ínfimo momento
Deixar brotar tanta imaginação [tamanho sentimento...]
Não precisar mais do que um mero segundo
Para ser todo sonhar e criar esse novo mundo
Tão suave, repleto de cor e possibilidade
Onde vive um amor que ainda não é
[mas bem que poderia ser de verdade...]
Diga, sinceramente, ser tolice...
Pensar que na mesmice do nosso cotidiano
Haveria de existir essa mágica, irresistível realidade
Sempre surpreendente [deliciosamente inesperada...]
A nos carregar como pluma numa linda revoada
Afinal, não é sabido por toda gente que ela [a felicidade...]
Esse alívio morando bem longe daqui, numa colina afastada
Só se alcança após o término de uma dura batalha travada?
E quando vem de graça, é ledo engano...
Ainda assim, contrariando esse mundo que cala...
Não posso [jamais] emudecer minha fala
Ou deixar-te partir no silêncio da tarde
Sem contar sobre essa alegria que queima, arde
Uma vã esperança que o acaso me concedeu
De reencontrar e contemplar, mais uma vez, por aí
[o encanto de um sorriso seu...]
Guilherme Johnston
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