quarta-feira, 23 de março de 2011

Ai de quem...

Ai de quem não gosta do próprio umbigo
Não faz do consigo um acolhedor abrigo
Não guarda em si o mais querido amigo
E na solidão só enxerga tristeza e perigo

Ai de quem teme o chorar e evita o doer
Não busca o voar e só pensa em descer
Vivendo a poupar e proteger um solitário coração
Que se faz eterno ouvinte [mas jamais linda canção]

Ai de quem passa pela vida ileso
Não sente dela seu completo peso
Pobre de quem nunca se atreve
Sem saber como ela pode [E DEVE!] ser leve

Ai de quem do espinho tem pavor
E sequer aproximou-se da rosa do amor
Triste esse caminho de quem não sofreu
Se era bom ou ruim [não importa] sequer aconteceu

Guilherme Johnston

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